quinta-feira, 24 de abril de 2014

Por que a cerveja atrapalha seu treino?

Nossa querida cervejinha estupidamente gelada é inquestionavelmente uma paixão nacional. Por isso, este artigo pretende apresentar alguns casos de estudos, por que afinal, beber cerveja faz bem ou mal à saúde?
Ouvimos que cerveja dá barriga; é diurética; faz bem; faz mal ou que ela vicia.
Assim como grande parte dos alimentos, há estudos sobre os possíveis efeitos benéficos ou maléficos que a cerveja desencadeia no organismo.
Recentemente a literatura aponta que consumir moderadamente álcool, há redução do risco de mortalidade devido ao baixo índice glicêmico e propriedades fito estrogênicas da cevada e lúpulo usados na produção da mesma, previnem a ocorrência de doenças cardiovasculares.
Uma pesquisa recente comprovou que tomar um copo de cerveja por dia diminui riscos de diabetes e hipertensão, a bebida contém ácido fólico, vitaminas, ferro e cálcio - nutrientes que protegem o sistema cardiovascular.

Cerveja dá barriga?
Sim, um copo de cerveja tipo Pilsen, possui aproximadamente 280 calorias, imagine acompanhada por aperitivos como salgadinhos e frituras que grande parte das pessoas consome junto à bebida, isso tudo são calorias extras ingeridas, que no final da conta do dia se transforma em gordura.

Fisiologicamente o que ocorre no organismo ao ingerir cerveja?
A intenção é refrescar o calor em um dia quente, por isso tem que ser “estupidamente gelada”. 
O malte da cerveja é de natureza quente é um alimento altamente calórico (que produz calor interno). 
A cerveja foi trazida ao Brasil pelos europeus e é tomada na Europa sem gelo, para aquecer o organismo devido ao clima frio local. Nosso clima, principalmente nas regiões mais secas, é impróprio para o consumo de cerveja, pois:

1- Ao ingerir cerveja gelada, há sensação de saciedade da sede por reduzir o calor interno, devido à temperatura artificial do líquido.
2- Atingindo o estômago é dissipada por ação do calor local (tempera¬tura estomacal em torno de 37,5°C). 
3- O ácido hidroclorídrico (HCl) presente no lúmen estomacal, torna o pH próximo de 1,4 iniciando o processo de digestão dos componentes da cerveja.
4- Nessa temperatura, o princípio ativo quente do alimento passa a gerar calor interno, ele é absorvido pelo sangue e passa pelo hipotálamo. Há dissipação do calor residual (em excesso), ativando a vasodilatação periférica e a sudorese.
5- Com a perda da água  para eliminar o calor indesejável gerado pela cerveja, o hipotálamo ativa a sede como se fosse recuperar os líquidos que estão sendo perdidos nesse processo.
6- Com a sede estimulada é necessário consumir mais cerveja para saciá-la. Então gerará mais calor residual e a cada vez que ingerir mais cerveja, haverá mais vasodilatação periférica e mais sudorese, impedindo o organismo de manter a normalidade fisiológica sem perdas críticas.
7- Piorando, o álcool inibe o hormônio antidiurético (HAD),  para eliminar o álcool tóxico do sangue, reduzindo o conteúdo líquido interno (urina e suor) e gerando cada vez mais calor residual a cada cerveja ingerida (desidratação).
 Após a primeira ida ao banheiro é difícil parar de sentir vontade de urinar, isso debilita o organismo. Entra em ação o Sistema de Compensação Interna (SCI), sinalizando sintomas mais ou menos críticos, em função da quantidade de cerveja ingerida. 

E para nosso resultado de hipertrofia ou definição muscular?
Como vimos, a cerveja leva à forte estado de desidratação, isso colabora com a perda de importantes vitaminas hidrossolúveis (C e Complexo B) e minerais como Cálcio, Zinco e Magnésio, que estão ligados com o trabalho de contração e recuperação muscular.
Por ser fermentada, leva à formação de gases com consequente distensão abdominal (formação da barriguinha).
Com a perda de líquidos, a concentração de toxinas no sangue aumenta rapidamente, ainda leva o indivíduo a um estado de hipoglicemia.
O consumo de álcool também diminui a síntese proteica, pois os níveis de testosterona caem enquanto aumenta a produção de estrógenos, resultando em menos massa muscular.
Uma bebida ocasional não é problema, mas não vamos correr o risco de perder nossa massa magra, se for ingerir bebida alcoólica, beba sempre com muita cautela e moderação.
 Fonte: Blog Integral Médica

sábado, 8 de fevereiro de 2014

'Alerta Vermelho' apoia a prevenção de doenças cardíacas nas mulheres

alerta-vermelho-apoia-a-prevencao-de-doencas-cardiacas-nas-mulheres


Inspirado em campanha americana, programa da Sociedade Brasileira de Cardiologia busca a maior conscientização para salvar ainda mais vidas. 

Go Red For Women é uma campanha da AHA (American Heart Association) iniciada há 10 anos nos Estados Unidos, sempre na primeira sexta-feira de fevereiro, depois que em 2003 uma grande pesquisa patrocinada pela associação de cardiologia revelou que a doença cardíaca foi de longe, a causa número um de mortes de mulheres, e que foi maior nas mulheres do que nos homens. Para salvar vidas femininas e aumentar a conscientização sobre este grave problema, a AHA manteve esse programa.

Conseguiram sucesso! Diminuíram em 34% o número de mulheres que morrem por ataque cardíaco na América do Norte e foram salvas cerca de 330 mulheres por dia. Ainda assim, morrem 1100 mulheres por dia de doenças cardíacas evitáveis.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia incentivada pela AHA decidiu seguir a mesma estratégia preventiva e criou o "Alerta Vermelho", que buscará apoio de empresas brasileiras, para esse programa de prevenção da doença cardíaca na mulher, que entre nós leva à morte seis vezes mais que o câncer ginecológico.

Relembrando, os fatores de risco das doenças cardíacas, os mesmos que os dos homens, porém mais letais por incrível que possa parecer: tabagismo, sedentarismo, hipertensão arterial, diabetes e colesterol elevado.

As estatísticas brasileiras demonstraram que as mulheres tem mais AVC (derrame cerebral) fatal que os homens, têm mais complicações do infarto do miocárdio, as cirurgias cardíacas são mais difíceis, tecnicamente, que nos homens.

As mulheres, com toda razão, temem o câncer ginecológico e se previnem com toda energia e assim devem continuar, porém “não ligam” muito para a prevenção das doenças cardíacas. Geralmente, a hipertensão arterial é pouco valorizada, a diabetes é tratada com falhas gritantes logicamente não recomendadas, nunca acham tempo para fazer exercícios regulares, cuidam da família toda e esquecem de se cuidar.

O programa Alerta Vermelho, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, vem em boa hora e será sem dúvida uma tarefa de todos, médicos, profissionais da saúde, e da sociedade como um todo, sem esquecer que a família deve ser a liderança nessa batalha para diminuir as mortes e sequelas das doenças cardíacas na mulher.

Fonte: Site Globo Esporte